quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Final do meu livro sem começo.


Festa legal, homens e mulheres com o seu amor em formato mínimo, sem muita importância para o que vai acontecer, mas de repente eles se olham, ele a tira pra dançar, ela aceita meio estranha, um pouco assustada com tal sensação jamais sentida, mas aceita. Eles dançam com seus corpos colados pensando no prazer, mas que por um instante se rotulam, por que algo diferente estavam sentindo. A musica para, eles se olham, olhares intactos um no outro, sem desvios, mentes pensantes que não pensam em nada naquele instante, o tempo passa, mas seus olhares continuam como se fosse o melhor momento vivido, ambos sentem vontade de tocarem-se, mas não conseguem, é como se algo os prendessem. Olhares fixos e medrosos com o tempo se tornam gestos, as mãos se tocam, e o arrepio vem como a noite, rápido e prazeroso, ela dá um sorriso tímido, ele segura firme a sua mão, como se nunca fosse soltar, todos estão a sua volta, olhando, mas eles não percebem, saem da festa correndo de mãos dadas, com a mais pura inocência, chegam lá fora, era a noite mais bonita que já haviam visto, a lua parecia estar em cima de suas cabeças, eles param, se olham, ela abaixa a cabeça, ele segura o queixo dela, levanta-o, um sente a respiração ofegante do outro, ele a beija, ela retribui, nenhuma palavra foi dita, nada foi pronunciado, eles se abraçam, fazem promessas em seus silêncios, e de tão perto conseguem sentir a batida do coração um do outro, se afastam, se olham, percebem cada detalhe, cada curva, cada movimento dos seus corpos, ficam de costas um para o outro com as mãos entrelaçadas, olham o céu, e sem nada pronunciado, se separam, seguem os seus caminhos sem olhar pra trás, decidem cumprir o silêncio feito em suas promessas, e descobrem que o amor pode ser simples, curto, verdadeiro, bondoso e sincero sem precisar de lugar, hora, espaço ou palavras.

Um comentário:

  1. [b]Simplesmente fascinante,a sinceridade e profundidade das palavras,mesmo.

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