terça-feira, 20 de abril de 2010

Todos perdidos no que não acho.


Cabeça fora do lugar, pensamentos que dão lugar a loucura, movimentos impensados e de mau jeito, jeito sem jeito, diferente de antes, de um tempo atrás, no qual me arrependo de não ter aproveitado, pena, inconseqüente loucura mal formulada. Choro, mas só por dentro, está tudo alagado, coisas navegam e se perdem, onde está aquele sentimento que navegava para chegar ao coração? Desculpe senhora, mas se perdeu com a tempestade de coisas que ocorreu dentro de ti. Mas não vi a tempestade que passou, só estou a ver essa que agora ocorre, houve tempestade? Houve sim senhora, não a viu por que suas janelas estavam fechadas, não entrava luz nem chuva, estava escuro lá dentro, e com tudo fechado não podia ver o que ocorria aqui fora, choveu muito e tudo se alagou, todos perderam tudo, e se perderam, assim como está perdida agora. E para onde foram? Podemos ajudá-los de alguma forma? Tarde demais, eles já se perderam, não há mais como achá-los, só se tiver alguém para acompanhá-la, para remar o barco e os chamar, mas isso não tens agora, desculpe senhora, mas não há nada a fazer, tente agora se encontrar, e quem sabe depois, ajudá-los a se encontrar também. Encontrar-me parece à missão mais difícil agora, tenho prestado apenas para encontrar aos outros, esquecendo que eu existo e que preciso da mesma ajuda que presto. Perder-me fez achar o que eu não procurava, buscar-me enlouqueceu-me, procurando o que eu não queria achar.