domingo, 6 de junho de 2010

Como caixas.


Somos como caixinhas, guardamos tudo, mas com o tempo não cabe mais nada, e sua tampa cai, e as coisas esparramam pelo chão, coisas essas, chamadas de sentimentos.
Somos capazes de guardar qualquer raiva, qualquer rancor, qualquer amor, mas temos limites para tudo, e chega uma hora que estamos cheios, e o que era guardado há tempos é jorrado para fora, para que novos sentimentos possam entrar. Tentamos muitas vezes suportar o limite das coisas, mas por mais tempo que isso leve, o final sempre é o mesmo, as coisas que estavam na caixinha são jogadas pra fora, o ruim disso, é que desgasta, e à medida que tentamos encher a caixa com coisas, o seu tempo de duração é menor, pois está sendo forçada a suportar algo que não pode.
Podemos ser comparados a tudo, mas o que sentimos jamais será entendido pra ser comparado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário