quinta-feira, 8 de abril de 2010

A minha dor de amanhã.


Hoje não estou muito bem, são aqueles dias de chuva, que você fica sozinha em casa, pronta para que as lembranças te ataquem, a cobrança de ser uma pessoa melhor te consome, e os arrependimentos te invadem. Meu coração está apertado, meus olhos escorrem um tipo de líquido, acho que eles estão vazando, eu me preocupo, sei que a tristeza vai tomar conta do resto do meu corpo, além do coração, que já está tomado. Eu mudei, e não me agrado com tal mudança, estou pior, e isso me dói muito, tenho notado as pessoas diferentes, mais próximas e tão distantes, eu cansei de ser quem não sou, eu cansei de mim, preciso sair de tudo isso. Pensei em algo como suporte, aceitei que nunca acharei nada como penso. Eu não quero nada como Bruno, Alex, Roberto, Matheus, Phillipe, não que eu seja melhor que eles, ou eles, melhor que eu, mas eles não me servem, e eu não sirvo pra eles, somos como peças de quebra-cabeça que não se encaixam, como a mistura de duas frutas amargas, não somos, eu sou, eles são. O aperto no meu coração aumenta, não ligo em citar nomes, só quero tirar tudo isso, mostrar para eu mesma que não sou nada além do que penso. Aquela sensação de fugir de tudo, me vem, e acabo com ela com o pensamento de que tudo tem o seu tempo para vir, e ele virá, me vejo de outro modo, mas não o posso ser, pelo menos agora não, forço a minha mente a pensar que mais tarde serei, mas o mais tarde é tarde demais, e o amanhã não existe, e minhas vontades e pensamentos são falsos, assim como o jeito que tenho tido, e noto que o fingimento é a dor da razão.

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