segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Amar e seguir.


Cansei de não amar, de não sentir, de não olhar as coisas de um jeito diferente, de não encontrar aquele frio na barriga ao ver alguém, de não pensar em coisas antes de dormir, de seguir, seguir, e brincar com todos, de andar por andar e não ter cabeça para algo. Ninguém parece bom o suficiente para me fazer amá-lo, ninguém parece estar ao meu modo, ao modo de encaixe, hoje em dia apenas deixo, e nada parece deixar ultimamente. Encaro, mas encaro friamente, de modo linear, estratégico, insignificante para os demais, e enlouquecedor para mim. É inenarrável o fato de não amar, de apenas usufruir do amável, de não senti-lo, de não entende-lo, e não corresponde-lo de forma recíproca. É eminente o fato de existir sem tal proeza de amar, é complicado seguir sem rumo, sem destino, sem querer seguir. É estranho não nos deixar levar por qualquer coisa, por palavras belas, e poucos sentimentos, é inútil, e chega a ser inexplicável. Queria mesmo, seguir, e amar, amar e seguir, sem pensar, sem abrir os olhos, me deixar ser guiada por aquele que confio, que me faz cada vez mais viver, sem adiar cada dia do meu caminho, que sigo e amo, amo e sigo.

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